Notícias - Grande evento - Lançamento do livro da atriz ROSSANA GHESSA

21 de janeiro de 2019

 A editora Nelpa, Cariocando Bar e a atriz Rossana Ghessa, convidam para o lançamento do livro "La Ghessa - A autobiografia da atriz Rossana Ghessa" que será no tradicional bar entre os artistas, o "Cariocando Bar" no dia 24 de janeiro de 2019, a partir das 19 h.

Venham bater um papo com a atriz Rossana Ghessa.

Contamos com a presença de todos

Bela, talentosa e determinada.

Até 1974, não tinha nenhuma relação pessoal com Rossana Ghessa. Mas a conhecia dos filmes e admirava os seus desempenhos em "Bebel, a garota Propaganda""Quelé do Pajeu", entre outros. Foi nesse ano que, estando no Rio de Janeiro, o saudoso amigo, crítico e produtor executivo Carlos Fonseca me convidou para dirigir um filme que a Rossana iria produzir e interpretar: "A Freira e o Pescador". Li um argumento da Monah Delacy na viagem de volta e fiquei fascinado. Sempre gostei de histórias com amor e repressão, e aquela tinha e muito.

Tudo convergiu para a realização do longa, mais tarde batizado de "Pureza Proibida".

Monah fez a madre superiora, e o Carlo Mossy, o padre. A Ruth de Souza ganhou um prêmio com a sua participação especial. O pescador coube ao falecido Zózimo Bulbul.

Nas nada fáceis filmagens em Arraial do Cabo, relacionei-me com a Rossana produtora e a Rossana atriz. Na primeira condição, toda a sua determinada personalidade era mais rigorosa. Nada mais natural. Havia prazos e gastos que tinham de ser honrados.

Deu certo, não obstante alguns percalços.

Na segunda condição, sem perder essa característica deliciosamente italiana, havia todo um latente processo de entrega, de passionalidade, que só enriquece a interpretação.

E lá, não deu outra, a candura e a perplexidade da jovem freira descobrindo a força do amor encontraram a perfeita personificação.

Foi por isso também que a chamei para Lucíola. Um, dos produtores, o notável Essas virtudes de Rossana estão plenamente presentes no difícil trabalho de encarnar uma cortesã, uma mulher transitando entre a luxúria e o amor legítimo. Mesmo aqueles que me deram uma bronca quando a convidei, porque achavam que ela não daria conta da missão, reconheceram o equívoco.

Caso do exigente crítico Rubem Biafora, que, após assisti-lo, a considerou magnífica.

A sua empatia ficou bem clara até em meio de outros povos. Em 1975, quando fui ao 4º Festival Internacional de Teerã, onde o filme foi exibido, fiquei espantado com a participação do público. Lá, os espectadores do povo comentavam em voz alta. Externaram alegria quando o engano de Paulo (Carlo Mossy) a respeito de Lucíola é desfeito e aplaudiram quando os dois reatam. Mas também lamentaram com voz triste na cena da morte da protagonista.

Alfredo Palácios, foi quem teve a ideia do longa. O clássico romance de José de Alencar exigia uma atriz forte, belíssima e sensual.

Carismática e persistente, Rossana Ghessa tem um lugar de honra na trajetória do nosso cinema. Ela fez por merecer toda a admiração. Sou muito feliz por ela surgir na minha vida e por ter contado com a sua presença em dois de meus filmes.

Alfredo Sternheim

 

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