O vôo da borboleta é uma metáfora onde o próprio narrador deixa o tema em aberto para que o leitor descubra subjetivamente quem é ou o que é a borboleta que bateu asas e desapareceu do vilarejo de Pontal. 

Caberá ao leitor decifrar tal enigma. 

O romance ficcional é uma fantasia, onde os diversos protagonistas vivem num mundo imaginário e poético. Trata-se de um vilarejo pobre composto de pessoas simples e ignorantes, mas que se amam e se respeitam sem nenhuma competitividade. 

O vilarejo, no entanto, guarda um segredo terrível aos quais poucas pessoas sabem dos fatos cruéis que aconteceram ali num passado centenário. 

Mas no vilarejo há pessoas especiais e místicas que conduzem aquela vivência pacata e emoldurada por um jardim encantado que brota milagrosamente num quadrante de seis hectares. Era algo inexplicável sob o ponto de vista científico. 

Os personagens são pessoas fortes e arrojadas que não medem esforços para manter a memória do vi/arejo e de buscarem uma vida melhor para todos, tais como: Frederico, o velho jardineiro, o padre Jovino, o senhor Toninho, a romântica Maura e muitos outros que vão conduzir e prender a atenção do leitor. 

O livro tem uma narração rápida e dura, com capítulos e parágrafos curtos que vão diretos no âmago dos temas ora abordados, sem se perder tempo com recursos lingüísticos meramente descritivos. 

O romance termina abruptamente com a chegada de um personagem oculto, quando poderia ter outro desfecho ou até uma continuidade em sua narrativa empírica.